MAPA DE TREINOS

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MAPA DE TREINOS SEMANAL- ÉPOCA 2012-2013 - PAVILHÃO DE VENDAS DE AZEITÃO

quinta-feira, 3 de maio de 2012

União e Progresso completa 99 anos !

por João Santos
Na passada terça feira o nosso clube cumpriu 99 anos de vida. Como é natural, aniversário é sempre momento de memórias, de «balanço», e já agora de uma inevitável espreitadela no futuro.
Os tempos não são nada fáceis para o associativismo. Aliás nunca foram, porque mesmo em tempos mais abonados, qualquer projecto associativo viveu sempre a implacável condição: a vontade de fazer ultrapassa, quase sempre, os recursos disponíveis e por isso fica aquela sensação que é um trabalho que nunca tem fim.
Para combater potencial frustração, apenas uma receita recomendável:  assumir novos desafios, estabelecer metas, definir objectivos e conquistar recursos.
E é claro que do alto da sua respeitável longevidade, o nosso clube não foge a esta regra e mais do que isso, não poderá pela própria dignidade do seu historial, deixar de assumir a sua responsabilidade na qualificação do bem estar e do desenvolvimento pessoal e social das populações que lhe são próximas.
Consequência da reconhecida conjuntura económica desfavorável e ímpar nas últimas décadas, vivemos tempos muito complexos do ponto de vista social e, por inerência, também do ponto vista sociodesportivo. Por outro lado, o modelo de sociedade imposto parece desfavorecer o associativismo tradicional, fomentando a iniciativa individual e uma parcial desresponsabilização pelo desenvolvimento comunitário, enquanto gerador de uma qualidade de vida intrínseca ao espaço colectivo que coabitamos.
Este actual «estado da nação» não pode, no entanto, ser visto como uma catástrofe, perante a qual só nos restará abdicar, mas sim como um importante desafio que o movimento associativo deverá enfrentar, provavelmente o mais importante das últimas duas décadas. Será naturalmente pedido um esforço significativo de competência, reorganização, criatividade e empenhamento, fundamentais para encontrarmos as necessárias estratégias para prosseguirmos com o propósito que muitos antes de nós certamente se esforçaram por conseguir.
Num momento em que certamente iremos debater-nos com maiores carências e precariedades a nível social, com maior instabilidade familiar, este é o momento que o movimento associativo deverá responder, oferecendo alternativas em especial para os mais jovens, para quem as desvirtudes e os «maus caminhos» certamente vão se tornar infelizmente mais acessíveis.
Para quem é dirigente associativo, este é, por consequência, um momento de elevada responsabilidade e desafio. Importa aumentar a oferta quando os meios são menores, importa dar garantias, incutir valores, desenvolver o sentido de entreajuda quando muitas «portas» parecem fechadas.
E porque o movimento associativo não se faz só daqueles que momentaneamente o dirigem, importa também que outros se envolvam e demonstrem a sua preocupação em fazer parte das soluções que nos ajudarão a levar a cabo tão difícil mas imprescindível tarefa.

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